Com o tempo seco, características do outono e do inverno, o número de focos de incêndio em vegetação no estado do RJ vem aumentando. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registrados neste mês 132 focos. No mesmo período do ano passado foram apenas 17. Houve um aumento de quase 800% de aumento só em junho.
Por conta disso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Defesa Civil de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, criaram um curso para preparar voluntários no combate desses focos.
Os alunos, com equipamentos específicos, aprendem a controlar e combater os incêndios em áreas florestais da cidade. Como no Morro do Cruzeiro, que faz parte do Parque Natural do Gericinó.
O curso para os voluntários existe há 2 anos, e atualmente está na quarta turma do projeto
“Dar curso para os voluntários é aumentar a fiscalização. Ele é capacitado e entende a importante de proteger essa área ambiental. Hoje, são 70 voluntários atuando não só na prevenção, mas também no combate”, conta Edgar Martins, secretário de Agricultura e Meio Ambiente.
Segundo o Corpo de Bombeiros, de janeiro a 24 de junho, foram registradas mais de 9 mil ocorrências de fogo em vegetação.
Fogo em vegetação do Campo de Instrução de Gericinó — Foto: Reprodução/TV Globo
Nesta terça-feira (25), houve foco de incêndio no Campo de Instrução de Gericinó. Mas, ele foi controlado. No entanto, tem incêndios que causam um grande prejuízo ao meio ambiente.
“Nós temos uma cobertura importante da Mata Atlântica na cidade, a gente precisa preservar. Evitar jogar guimbas de cigarro, fazer queimadas, comum nas nossas cidades e ter cuidado nessa época do ano que temos uma umidade baixa do ar, festejos juninos e solturas de balão. Precisamos ter cuidado. Um incêndio pode interromper o fornecimento se energia elétrica na cidade”, destaca Jorge Ribeiro Lopes, secretário da Defesa Civil de Nova Iguaçu.
Bombeiros tentam apagar o incêndio no Parque Nacional de Itatiaia
Segundo a Light, 78 episódios de queimadas interromperam a luz em mais de 10 mil casas desde 2023.
Os voluntários aprendem muito mais que apagar um incêndio. Mas também sobre a importância de proteger a flora e a fauna.
“É extremamente gratificante, principalmente no lugar onde a gente mora. É uma questão de humanidade de fazer a nossa parte para a natureza. A gente depende dela para viver”, conta o voluntário Jônatas Valente.