A PM disse que Francisco Júnior não foi detido, porque o fato não foi um flagrante e já havia ocorrido há alguns dias. O g1 perguntou à polícia a data da agressão e aguarda resposta. A Polícia Civil investiga o caso.
A defesa do treinador, representada pelo advogado Leonardo Gontijo disse que “Qualquer interpretação e conclusão sumariamente tomada a respeito de qualquer ocorrência policial que seja, pode se revelar uma medida um tanto quanto prematura e precipitada”, leia a íntegra da nota mais abaixo.
Treinador de handebol agrediu adolescente em um alojamento em Pompéu — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Com a repercussão das imagens, a Prefeitura de Pompéu, a Federação Mineira de Handebol emitiram notas de repúdio. O Conselho Tutelar também se posicionou. Veja mais abaixo.
Além da agressão, garotos denunciam assédio
Ao ser acionada no Centro de Treinamento que pertence à Associação Esportes Solidários Gustavo Elias (Aesge), a Polícia Militar (PM) não encontrou o adolescente agredido. Ele já havia deixado o local e retornado para a cidade natal.
Outros treze garotos foram encontrados no alojamento. Em conversa com os militares, alguns deles relataram terem sido vítimas de agressão física, importunação sexual e assédio por parte do mesmo coordenador.
Os meninos foram encaminhados ao abrigo do município sob responsabilidade do Conselho Tutelar, que vai providenciar o retorno de todos eles às suas cidades, visto que eles não moram em Pompéu.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso.
Treinador já foi indiciado por injúria
Na mensagem, ele faz comentários racistas e também envia capturas de tela de contas bancárias na tentativa de demonstrar seu ‘poder econômico’. O crime ocorreu durante uma etapa dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg). O inquérito foi remetido à Justiça.
Notas de repúdio
Federação Mineira de Handebol
“A Federação Mineira de Handebol, por meio do presidente Luiz Fernando Andrade, destacou em nota nas redes sociais, que instaurou um Procedimento Disciplinar Administrativo para apurar os fatos, e suspendeu preventivamente como medida cautelar, o então técnico Francisco Júnior Correa Mota.
Ainda segundo a medida cautelar, “Fica determinado a suspensão imediata do treinador pelo período inicial de 60 dias, dos Campeonatos Mineiros de Handebol e de todos os eventos promovidos pela Federação Mineira de Handebol em todo o âmbito do estado de Minas Gerais, sendo eles presenciais ou on-line.
Ainda ficou determinada a convocação de uma Comissão Disciplinar para homologação da decisão e sanções administrativas subsequentes.
“Basta!!! O handebol mineiro não compactua com atitudes antidesportivas”.
FMH emitiu nota de repúdio e informou a suspensão temporária do treinador — Foto: FMH/Divulgação
A Prefeitura de Pompéu também se manifestou com uma nota e ressaltou que o treinador não é coordenador de nenhum dos projetos esportivos do Executivo. Veja a nota completa abaixo:
Prefeitura de Pompéu emitiu nota de repúdio sobre o ato do treinador que agrediu adolescente — Foto: Prefeitura de Pompéu/Divulgação
O Conselho Tutelar informou que, uma equipe esteve presente no Centro de Treinamento junto com a PM e que, providenciou a retirada dos meninos, bem como providenciará junto à Secretara de Desenvolvimento Social o retorno de todos eles às suas cidades.
O órgão também pontou que: “requereu escuta especializada com profissional de psicologia para os jovens, pedidos de esclarecimentos ao Conselho Municipal de Direitos das Crianças e Adolescentes acerca da autorização para o funcionamento de referida Associação, bem como o envio de oficio da notícia ao Ministério Público para providências de praxe. Por fim, informamos que o caso seguirá em sigilo, tendo em vista do público em que é assegurada tal garantia”.
O que disse o advogado de defesa
“Atendendo a contato feito, nos colocamos à disposição do trabalho jornalístico isento e comprometido com a apuração de fatos, através do seguinte pronunciamento: 1. Na circunstância de um momento extremamente inicial, nosso posicionamento é no sentido de ponderar que qualquer interpretação e conclusão sumariamente tomada a respeito de qualquer ocorrência policial que seja, pode se revelar uma medida um tanto quanto prematura e precipitada. 2. O que podemos assegurar, é que Francisco Júnior, assim como seus defensores, se colocam à inteira disposição das Autoridades oficiais, para proporcionar uma regular elucidação dos fatos denunciados”, assinam os advogados, Paulino Gontijo Queiroz Cançado, Alexandre Simão de Araújo e Leonardo Gontijo Azevedo.