As pausas são essenciais para nossa saúde mental e física. Sabemos disso, mas vivendo em uma cultura onde somos submetidos a prazos e horários, com agendas apertadas, o estresse se tornou um companheiro constante para muito de nós. E quando alguém sugere que a gente precisa desacelerar, nos perdemos em explicações repletas de adiamentos e desculpas.
Parar, mas como? Queremos estar a par de tudo, dos noticiários, acompanhar as redes sociais, fazer aquele curso tão comentado do momento. Sentimos que não podemos deixar nada passar. Só que o excesso de estímulo, seja de trabalho ou informação, afeta nossa qualidade de vida. E, muitas vezes, nem percebemos isso. Até adoecer.
O estresse, mesmo que inicialmente nos deixe mais produtivos e criativos, quando não gerenciado adequadamente, se transforma em desequilíbrio físico e emocional. O impacto na saúde mental pode levar à vários problemas, incluindo ansiedade, depressão, irritabilidade, insônia, lapsos de memória e dificuldade de concentração.
Por isso as pausas são importantes. Essas paradas, que podem ser um final de semana ou um momento de descanso no meio de um dia, permitem que nosso corpo e mente se recuperem, proporcionando um alívio das demandas do dia a dia, uma vez que nos desconectamos das obrigações, relaxamos e recarregamos a energia.
Além disso, quando nos afastamos das pressões diárias, somos capazes de ver as situações sob uma nova perspectiva e avaliar nossos comportamentos inadequados. Claro que nem todos conseguem mudar a rotina e eliminar comportamentos que incomodam, mas as pausas nos ajudam a tomar decisões mais claras e a lidar melhor com as tarefas.
Portanto, seja viajando ou simplesmente relaxando em casa, a pausa deve ser sinônimo de autocuidado, um investimento no nosso bem-estar. Reconhecer o que realmente nos faz bem e respeitar nossos limites deve ser uma prática diária para que possamos equilibrar de forma saudável as demandas que o dia a dia inevitavelmente nos traz. Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga