O estado estima que mais de 30,5% das pessoas que viajam para o RS, vão ao estado por lazer – desses, 4,3% chegam por meio do aeroporto. O principal destino é Porto Alegre, cidade que é seguida por Gramado, na Serra do RS.
O impacto no turismo se manifesta nas proximidades do terminal, conforme o estudo, que avalia perdas diárias de R$ 11,6 a 15 milhões em comércios no aeroporto e nas proximidades. Só em hotéis, os prejuízos podem chegar a R$ 32 milhões até o fim do ano.
Para discutir a retomada e encontrar alternativas, o governador Eduardo Leite (PSDB) se reuniu, na quinta-feira (27), com diretores de companhias aéreas que operam no estado. O encontro teve como tema a ampliação do número de voos. O governo estima que o mês de junho encerre com menos de 400 voos, contrastando com os 2,8 mil realizados mensalmente antes das enchentes.
As perdas de arrecadação causadas pelo fechamento também devem reduzir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o valor de bens e serviços que o estado produz. O impacto estimado é de R$ 2,5 a 3,2 bilhões.
Aeroporto Salgado Filho alagado durante o mês de maio — Foto: RBS TV/Reprodução
Turismo aposta em mudanças
Na Serra do RS, onde cerca de 25 milhões de visitantes passam todos os anos, o impacto já é sentido pelos comerciantes da região, já que o fluxo de turistas diminuiu.
Em uma vinícola em Farroupilha, a aposta do empresário Pablo Perini é diversificar as experiências para atrair visitantes de outras cidades do estado a partir de degustações e passeios de bicicleta.
“A gente constantemente está se renovando e oferecendo novas atividades que fazem com que o turista compreenda, e a comunidade, principalmente que está mais concentrada no local, perceba que vale a pena”, diz.
Aposta em alternativas para manter turismo aquecido no RS — Foto: RBS TV/Reprodução
Nota da Fraport
“Estamos realizando os testes na pista de pouso e decolagem e demais equipamentos necessários para a retomada da operação em Porto Alegre. Nossa expectativa é de receber esse diagnóstico em meados de julho. A partir disso será possível determinar as intervenções necessárias na pista e o tempo de recuperação para a retomada dos voos diretamente do Salgado Filho. Ainda em julho, retomaremos os procedimentos de embarque e desembarque de passageiros no aeroporto, mantendo os voos na Base Aérea de Canoas”.