Em editoriais publicados na noite desta sexta-feira (28), os jornais “The New York Times” e “The Wall Street Journal” e a revista “The Economist” pediram que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desista de concorrer à reeleição para a presidência do país.
Em seu editorial, o “The New York Times” afirma que Biden apareceu no debate “à sombra de um grande servidor público” e de “um presidente admirável que já foi”, frisa que, “mais de uma vez, ele teve dificuldade para chegar ao fim de uma frase” e diz que o presidente dos EUA “já não é o homem que era há quatro anos”, quando derrotou Trump.
A publicação argumenta que é preciso outro candidato democrata capaz de vencer Trump, “um perigo para a democracia dos Estados Unidos“.
“No debate de quinta-feira, o presidente precisava convencer o público americano de que estava à altura das enormes exigências do cargo que pretende ocupar por mais um mandato. No entanto, não se pode esperar que os eleitores ignorem o que era evidente: Biden não é o homem que era há quatro anos”, diz o editorial.
“Biden disse que é o candidato com melhores chances de enfrentar esta ameaça de tirania e derrotá-la. O seu argumento baseia-se em grande parte no fato de ter derrotado Trump em 2020. Isso já não é uma razão suficiente para que Biden seja o candidato democrata este ano”, afirma o The New York Times.
O jornal “The Wall Street Journal” e a revista “The Economist” também publicaram editoriais na noite desta sexta também defendendo a desistência do democrata. Em nova capa divulgada nesta tarde, a revista Time mostra uma imagem de Biden estrapolando as bordas da revista e a palavra “pânico”.
Editorial do Wall Street Journal — Foto: Reprodução
O “The Wall Street Journal” afirma, em seu editorial, que o presidente “claramente não está preparado para mais quatro anos” no poder.
Nesta sexta-feira, em comício na Carolina do Norte, Biden deu a entender que continuará na disputa. Ele disse que vencerá as eleições. A coordenadora de sua campanha afirmou que ele não desistirá.
A campanha de Biden ainda não havia se pronunciado sobre a série de editoriais até a última atualização desta reportagem.
Esta reportagem está em atualização.