As identidades dos investigados não foram divulgadas, por impedimento da lei, mas o g1 apurou que são os donos do restaurante e uma funcionária.
Em nota, o advogado Affonso Celso Pupe Neto, que representa o restaurante Le Petit Rio Grande, afirmou que “ainda que sem acesso direto ao relatório final, a defesa aguardará a remessa da investigação preliminar ao efetivo titular da ação penal (Ministério Público)”. Ele acrescentou que “se manifestará através dos instrumentos processuais adequados diretamente nos respectivos autos”.
Um aparelho de DVR (gravador digital de vídeo, em português) foi recolhido por agentes na investigação. O equipamento passou por análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP), mas os laudos não foram entregues, conforme o delegado Maiquel Fonseca. Durante as diligências, foram ouvidos os donos do restaurante e testemunhas.
“Decidiu-se por finalizar o inquérito com as provas produzidas, embora não tenham sido entregues alguns laudos”, explicou.
O inquérito policial foi remetido ao Ministério Público (MP), que decide se acusa ou não os donos do restaurante e a funcionária na Justiça. Caso faça isso e o Judiciário aceite a denúncia, os três começam efetivamente a ser julgados pelo crime.
Assista abaixo a reportagem sobre o caso na RBS TV:
Estudante tem 30% do corpo queimado depois de um acidente com aparelho de fondue
Relembre o caso
A jovem de 26 anos comemorava a formatura no curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) em um jantar com familiares e amigos no restaurante quando houve o incidente. Ela foi internada na Santa Casa de Rio Grande , com 30% do corpo queimado.
Uma funcionária teve parte dos cabelos queimados mas não sofreu ferimentos graves, segundo a Polícia Civil.
Segundo relato da família à polícia, uma garrafa de álcool explodiu quando uma funcionária do restaurante Le Petit Rio Grande tentava reabastecer o aparelho de fondue.
De acordo com o restaurante, o “incidente ocorreu nо reabastecimento do rechaud, o qual continha resquício de chama, resultando no espalhamento e ferimento em uma de nossas colaboradoras e cliente”.
“Eu vim para cá para levar minha filha advogada e eu estou levando ela dentro de um caixão”, disse Joceli Moraes, na época.
‘Estou levando ela em um caixão’, diz mãe de jovem queimada com aparelho de fondue no RS
Nota da defesa do restaurante:
“Não tivemos acesso até o momento sobre a opinião da autoridade policial em relação ao fato.
No entanto, ainda que sem acesso direto ao relatório final, a defesa aguardará a remessa da investigação preliminar ao efetivo titular da ação penal (Ministério Público) e aguardará as próximas etapas da persecução penal, conforme as previsões legais, oportunidade em que se manifestará através dos instrumentos processuais adequados diretamente nos respectivos autos.”