O primeiro semestre de 2024 foi o mais devastador para o Pantanal em toda a série de registros. De acordo com a ministra, a PF abriu inquérito e investiga as possíveis origens dos incêndios.
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Marina Silva descreveu o cenário no Pantanal como “desolador”. A Polícia Federal (PF) investiga 18 focos de incêndio como possíveis áreas de origem.
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No primeiro semestre de 2024, 3.538 focos de incêndio consumiram 700 mil hectares no Pantanal, área quase seis vezes maior que o Rio de Janeiro.
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A PF está investigando os incêndios, principalmente em propriedades privadas. Tecnologia avançada está sendo usada para rastrear a propagação.
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O presidente do Ibama alertou que partes do Pantanal podem ter perdas irreversíveis. Alguns focos de incêndio podem ter sido provocados por criminosos.
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Mudanças climáticas e longa estiagem anteciparam a temporada de fogo no Pantanal, que historicamente começa entre julho e agosto.
Mais uma equipe da Força Nacional reforça combate aos focos de incêndio no Pantanal neste sábado (29). — Foto: Reprodução/JN
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o cenário no Pantanal é “desolador”, e que a Polícia Federal (PF) investiga os 18 focos de incêndio apontados pela força tarefa como possíveis áreas em que os incêndios no bioma teriam começado.
“A PF está fazendo a investigação, a maioria está localizada em propriedade privada. O que tem de concreto que é sabemos de onde saiu a propagação, trabalhamos com tecnologia avançada. Nesse momento, tem coisas acontecendo no domínio da Justiça, em colaboração com a PF”, disse Marina.
A declaração da ministra ocorre após reunião semanal da sala de situação sobre as queimadas no Pantanal e na Amazônia, no Palácio do Planalto. Esta é a terceira vez que o grupo, focado em combate ao crime nas áreas de floresta do país, se reúne.
Fogo no Pantanal bate recorde em 2024
Historicamente, a temporada de fogo no Pantanal começa entre o fim de julho e o começo de agosto, momento mais seco do inverno. Entretanto, o período foi antecipado devido à longa estiagem enfrentada pelo bioma e às mudanças climáticas, segundo especialistas.
Acompanhamento do governo
As ministras Marina Silva, Simone Tebet (Planejamento) e o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), sobrevoaram a área atingida pelo fogo na região de Corumbá (MS) na última sexta-feira (28).
Simone Tebet afirmou na última semana que, se for necessário, o governo federal concederá orçamento extraordinário para o combate aos incêndios.
Havia expectativa de que os ministérios preparassem o orçamento adicional. Até o momento, não foi apresentado nenhum plano orçamentário.
“Estamos atuando com os recursos que dispomos. Mas isso já está planejado por cada um, outros ministérios vão sendo cotados conforme vamos precisando” declarou Marina, na ocasião.