A área econômica também defende o socorro, mas quer evitar um descontrole na liberação de verbas, em um momento de contas públicas ainda desequilibradas.
A orientação do presidente Lula é estar ao lado do governador até a reconstrução final do estado. Assessores presidenciais destacam, porém, que isso não significa enviar recursos para o Rio Grande do Sul de forma irrestrita.
Até o momento, segundo especialistas em contas públicas, o volume de recursos anunciado tem o potencial de gerar um custo de 0,1% do PIB, mas o valor final deve superar esse percentual.
O governo já editou uma medida provisória para abertura de crédito extraordinário neste ano para o Rio Grande do Sul no valor de R$ 12,2 bilhões, além da suspensão do pagamento da dívida, que deve ter um impacto neste ano na casa de R$ 2,4 bilhões.
Mas na prática, vão inviabilizar o cumprimento da meta fiscal de déficit zero neste ano e elevar a dívida pública da União.
Ajuda a famílias
Sobe para 450 o número de cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Nesta terça-feira (14), o governo vai anunciar novas medidas para socorrer, desta vez, as famílias atingidas pelas enchentes.
Além disso, as famílias que ficaram em estado de vulnerabilidade serão incluídas na folha de pagamento do programa Bolsa Família, para que tenham uma renda até voltarem às suas casas e conseguirem novamente trabalhar.