“Julgamento foi claro no sentido de que todas as afirmações eram especulações e acusações não comprovadas feitas pelas partes. No fundo, faltou respeito ao mandato que me foi outorgado por 2 milhões de paranaenses pelos autores da ação”, disse ao Estudio i, da GloboNews.
“O relator viu que não havia nenhum elemento probatório naquele sentido. Se houver apontamentos que ainda sejam necessários investigar, que se investigue. Tenho absoluta certeza da correção da minha campanha eleitoral e o julgamento do TSE por 7 a 0 sepultou todas essas ações de cassação. Me surpreende quem diga ao contrário.”
Moro acredita que a opinião pública sobre sua absolvição é unânime, como já tinha acontecido com a decisão do TRE-PR. “Todos apontam a correção técnica do julgamento do TSE. Tínhamos os fatos, as provas e a lei do nosso lado”, afirmou
“Os autores das ações, em vez de terem isso, contavam com o o clima político de revanchismo para buscar a cassação do meu mandato.”
O senador defendeu sua campanha, dizendo que seguiu todas as regras e respeitou todos os limites legais e que o placar de 7 a 0 no TSE reconheceu isso.
O caso
Sergio Moro concede entrevista a jornalistas depois de o TSE rejeitar recursos que poderiam levar à cassação do mandato de senador — Foto: Reprodução/TV Senado
A disputa jurídica começou no Paraná, com a apresentação de duas ações de investigação eleitoral contra Moro e seus suplentes – Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. Esse tipo de processo pode levar políticos à inelegibilidade por oito anos, ou seja, a proibição de concorrer a cargos eletivos nesse período.
Para as siglas, houve abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação, compra de apoio político e arrecadação ilícita de recursos na pré-campanha. O grupo pediu a cassação dos mandatos, a aplicação da inelegibilidade e nova eleição para cargo de senador no estado.
Ao recorrer ao TSE, o PL a Federação Brasil da Esperança reforçaram acusações de irregularidades e os pedidos para a condenação de Moro e de seus suplentes.
Já a defesa do parlamentar negou atos ilícitos e pediu a manutenção da decisão do tribunal no Paraná.