Entre os pontos positivos citados pela agência que sustentam a classificação do Brasil estão:
- a grande e diversificada economia do país;
- a alta renda per capita;
- finanças externas fortes e resiliência a choques;
- baixa participação de dívida em moeda estrangeira, entre outros pontos.
A Fitch destacou, no entanto, que a percepção foi limitada por um “baixo potencial de crescimento econômico, baixas pontuações de governança, rigidezes orçamentárias e dívida pública alta e crescente em relação ao Produto Interno Bruto (PIB)”.
“As perspectivas incertas para a redução de grandes déficits fiscais, apesar da implementação de uma nova regra fiscal, permanecem uma fonte chave de vulnerabilidade macroeconômica, com repercussões adversas para a confiança do mercado e a política monetária”, afirmou a agência em relatório.
A Fitch projeta um déficit primário de 0,7% do PIB em 2024, implicando um desvio modesto em relação à atual meta de déficit zero do governo.
“A regra fiscal do Brasil exigirá cortes de gastos caso as projeções oficiais sinalizem tal desvio, e pode haver pressão para relaxar as metas para evitar isso, representando um teste para esse novo cenário.”
Destacou ainda que mudanças nos gastos provavelmente serão necessárias, e que, embora opções estejam sendo consideradas, elas “não têm apoio claro dentro do governo”.
No lado positivo, a Fitch destacou um crescimento resiliente da economia doméstica, com projeção de avanço de 1,7% em 2024, além de perspectivas de crescimento real do PIB de 2,1% em 2025 e 2,0% em 2026 e de um superávit comercial perto do patamar recorde alcançado em 2023.
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