Na fala, Lula chegou a refletir que Biden tem “problemas” para a disputa eleitoral — como andar lentamente e demorar para responder perguntas — e que torce por ele, mas que, caso o candidato não tenha condições, o partido Democrata poderia indicar outra pessoa.
Segundo um interlocutor do presidente, o grande temor é do reflexo mundial de uma vitória de Trump. A percepção é de que teria impacto grande inclusive no Brasil, com fortalecimento da extrema-direita e do bolsonarismo no país.
A avalição é que foi o primeiro Trump que abriu espaço para movimentos de direita no mundo.
Eleição nos EUA: pesquisa indica insatisfação de eleitores com Biden após debate
Lula verbalizou, sem citar Trump, que as eleições no Estados Unidos são muito importantes para o resto do mundo e que, dependendo do vencedor, o planeta pode melhorar ou piorar.
A eleição de Biden em 2020, na avaliação de interlocutores de Lula, ajudou a enfraquecer o bolsonarismo. Há o reconhecimento de que na disputa de 2022, Biden, desde o primeiro momento, apostou nas instituições brasileiras, referendou o resultado das eleições imediatamente e reagiu a durante a tentativa do golpe em 8 de janeiro de 2023.
A avaliação é que nenhum desses gestos teria acontecido caso Trump fosse o presidente dos Estados Unidos.