Já nos Estados Unidos, as atenções continuam voltadas para os juros básicos do país, com falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tendo ficado sob os holofotes ao longo da semana.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,13%, cotada a R$ 5,1301.
Com o resultado, acumulou:
- recuo de 0,53% na semana;
- perdas de 1,21% no mês;
- ganho de 5,72% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,16%, aos 128.074 pontos.
Na quinta-feira, o índice teve uma alta de 0,20%, aos 128.284 pontos.
Com o resultado, acumulou:
- ganhos de 0,54% na semana;
- avanço de 1,87% no mês;
- perdas de 4,40% no ano.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O que está mexendo com os mercados?
Os juros locais e internacionais continuaram na mira dos investidores. Além da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), divulgada na terça-feira, o mercado também seguiu atentos aos novos dados de inflação nos Estados Unidos, divulgados ao longo da semana.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve ata de 0,3% em abril, levemente abaixo das expectativas do mercado, de alta de 0,4%.
Com isso, investidores continuam atentos a eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em busca de novos sinais sobre o futuro dos juros básicos do país.
Em discurso na última terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que espera que a inflação continue a cair ao longo deste ano, embora sua confiança na concretização desse cenário tenha diminuído após uma elevação maior do que o esperado dos preços no primeiro trimestre.
Ainda assim, Powell voltou a dizer que é improvável que o BC norte-americano precise voltar a aumentar os juros, reafirmando que a instituição será “paciente” e permitirá que a atual taxa básica tenha todo o seu impacto.
De olho na Petrobras
Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado em um dia após demissão de Prates
No noticiário corporativo, o grande destaque da semana ficou com a queda expressiva das ações da Petrobras, após a companhia informar que Jean Paul Prates foi demitido da presidência da empresa.
A gota d’água foi o desenrolar da polêmica sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela petroleira. Prates foi contra a orientação do governo de reter os dividendos e se absteve na votação do assunto, um fato que não foi bem recebido no Palácio do Planalto.
Nesse sentido, em meio ao temor de novas intervenções na Petrobras, analistas também chamam atenção para o aumento da percepção de risco político-fiscal. Os possíveis aumento de gastos diante dos planos do governo para socorrer o Rio Grande do Sul também ficam no radar.