O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, fez, entre 2016 e 2017, tratamento dentário em um consultório no interior da comunidade de Rio das Pedras.
Em 24 de abril, o dentista João Marcos Matos Ururahy da Rocha prestou depoimento na PF. Não há crime na atuação do profissional e nem de ter esses pacientes, milicianos ou policiais.
A Polícia Federal quis saber qual o motivo de o delegado, morador do Recreio dos Bandeirantes, escolher um dentista no interior de uma comunidade dominada pela milícia mais antiga do Rio.
Adriano da Nóbrega após ser preso. Ele fez tratamento em dentista em consultório em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. — Foto: Reprodução
Em seu depoimento, o dentista contou que montou o consultório em 1999, no interior de Rio das Pedras, logo após se formar. O delegado Rivaldo passou a ser seu paciente em 2016.
No período de um ano, ele foi ao consultório em quatro ocasiões.
João Marcos não se recorda de Rivaldo, Adriano, Maurição e Fininho terem se encontrado na recepção do consultório.
Para a PF, soou estranho o delegado fazer tratamento no interior da favela. Houve a suspeita de que Rivaldo tivesse sido indicado pelo policial Marquinho. O dentista negou, mas não disse quem indicou o delegado a ele.
Maurício Silva da Costa, o Maurição, chefe da milícia de Rio das Pedras — Foto: Divulgação
Rivaldo Barbosa está preso na penitenciária federal de Brasília.
Maurição está na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O miliciano Fininho está preso no Sistema Penitenciário do Rio.
O g1 entrou em contato com a defesa de Rivaldo e aguarda resposta.
Marcus Vinícius Reis dos Santos, o Fininho, foi preso em operação da Polícia Civil e do Gaeco na manhã desta quarta-feira (8) — Foto: Reprodução