Ormond e Júlia descem de elevador com o brigadeirão com morfina — Foto: Reprodução/TV Globo
O caso veio à tona em 20 de maio, quando o corpo de Luiz Marcelo Ormond foi encontrado em avançado estágio de decomposição dentro de casa, em um condomínio no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A suspeita é que o empresário tenha morrido no 17 de maio, após comer o brigadeirão oferecido por Júlia.
A polícia considera que a alta dosagem das drogas matou Ormond em menos de meia hora, a julgar pelas câmeras do elevador do prédio dele. O empresário aparece descendo à piscina às 17h04 com o prato de brigadeirão na mão e, às 17h47, sobe ao apartamento tossindo muito e desatento.
Os passos de Júlia
Júlia foi ouvida na 25ª DP (Engenho Novo) no dia 22 de maio, na condição de envolvida. Nesse depoimento, ela disse ter largado o carro de Ormond na Maré a pedido dele (o que a polícia afirma ser mentira) e ido embora do apartamento do Engenho Novo no dia 20, após brigar com o namorado. Em hora alguma ela falou que Ormond tinha passado mal.
Começava então a caçada à psicóloga. O primeiro passo foi, naquela terça-feira, mandar agentes para Campo Grande e para a Região dos Lagos do RJ.
“Desde que o mandado foi expedido, na mesma tarde, nós disparamos equipes para Cabo Frio, aonde eu inclusive fui pessoalmente, e conseguimos prender inicialmente a Suyany”, detalhou o delegado Marcos Buss.
“Disparamos equipes também para Campo Grande, para a casa da Júlia, e nós fomos informados de que ela tinha saído horas antes com a mãe e com o padrasto, de modo que nós desconfiamos que Júlia pudesse estar escondida em Maricá”, prosseguiu o delegado.
“Sabemos que Júlia permaneceu algum tempo em Maricá. Nós concentramos muito tempo a busca naquele município”, disse Buss.
Surgiram pistas de que Júlia estivesse em Saquarema, e agentes foram para lá. Houve uma 2ª rodada de varreduras em Maricá — até que a polícia descobriu que a suspeita estava entocada na capital.
“Júlia foi pega. Na verdade, ela se entregou. Ela indicou a localização dela, em Santa Teresa, numa rua determinada”, lembrou o delegado.
No fim da noite daquela terça, Júlia chegava à 25ª DP. Era o fim da caçada.
Suspeita de matar namorado envenenado com brigadeirão se entrega no Rio