O escritor indígena Davi Kopenawa participou do momento.
Davi Kopenawa participou da apresentação do Boi Caprichoso. — Foto: PatricK Marques/g1
No ritual, o pajé, por meio do xamanismo de cantos, danças e o inalar do paricá, encenou a luta contra a fera de fogo Mothokari.
O pajé, unido de outros Xamãs, incorporou o espírito de vespa em que juntos travaram a grande batalha.
1ª noite
Para a primeira noite, o Caprichoso, proclama o “Triunfo do Povo” com foco nas culturas: culturas plantadas, nascidas e sustentadas no meio da Amazônia Brasileira, magistralmente triunfal no entrelaçar de negros e negras, indígenas, ribeirinhos e ribeirinhas, mestres e mestras da cultura popular local.
Dos filhos da terra que plantaram o jardim chamado Amazônia e, pela sua existência, por ela enfrentaram a impiedosa e violenta força da colonização, marcando uma história de dor, resistência e muita.
O Festival
A histórica disputa a céu aberto entre o Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul) acontece há 57 edições no Bumbódromo, em Parintins, no interior , conhecida como “Ilha da Magia”, e localizada a 369 km de Manaus.
Reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, o Festival Folclórico de Parintins tem como local da disputa entre Caprichoso e Garantido, o Bumbódromo, com capacidade para 35 mil espectadores e recebe, todos os anos, milhares de turistas do Brasil e do mundo. Durante o Festival, a população de Parintins, ilha com pouco mais de 115 mil habitantes, chega a receber a mesma quantidade de visitantes durante a realização a cada ano, segundo os órgãos do estado.