Como nos festivais que deram origem a ele, o formato tem vários mini eventos dentro de um mega festival, com ingressos comprados separadamente (veja detalhes no final).
A programação também respeita a tradição dos eventos produzidos por Monique Gardenberg, diretora e fundadora da Dueto, produtora responsável pelos três eventos.
Os line-ups costumam ter atrações do jazz, medalhões brasileiros, ícones alternativos e nomes internacionais interessantes, mas que ainda não estouraram de vez.
Abaixo, o g1 lista atrações do evento que valem ser vistas:
Raye
Raye começou a ser mais falada em 2017, quando entrou na cobiçada lista BBC sound of, que ajudou a impulsionar a carreira de Adele, Florence e Sam Smith Em 2024, a inglesa foi a grande vencedora do Brit Awards, com seis estatuetas. Na premiação, apareceu em categorias voltadas para o Pop e para o R&B, o que dá pistas de seu som. Ele é ao mesmo tempo cantarolável, mas vem carregado do peso e da melancolia da soul music. Além da própria carreira, Raye compõe para outros artistas e já teve músicas gravadas por Beyoncé, Jennifer Lopez, David Guetta e Anitta.
Ayra Starr
Ayra Starr é um dos nomes da cena afrobeats, o pop dançante que mistura estilos mais óbvios como R&B e rap com ritmos mais tradicionais da África Ocidental. A cantora nigeriana de 20 anos costumava soltar a voz enquanto assistia séries e desenhos da Disney. Aos 16, começou uma carreira de modelo. “Todo mundo dizia que eu não era alta o suficiente, mas eu disse pra eles: ‘aguardem e confiem’. Fui lá e fiz.” Pouco depois, foi convencida pela mãe que ela deveria postar covers no Instagram. Seis horas depois de publicar o primeiro vídeo, Don Jazzy (dono da gravadora Marvin Records) mandou uma DM. Três dias depois, ela foi contratada.
Daniel Caesar
O cantor canadense é um dos nomes mais celebrados do novo soul. Daniel Caesar consegue evocar a suavidade do R&B anos 90, mas com arranjos eletrônicos que deixam tudo menos datado. Sendo simplista, ele é como um Bruno Mars menos mainstream. Ou mais alternativo. O que une os dois é um romantismo ao mesmo tempo nostálgico, mas modernizado. Caesar é um nome raro. São poucos hoje que conseguem criar músicas ao mesmo tempo sofridas, classudas e com feats que não influenciam tanto o som: de John Mayer a Pharrell Williams passando por Brandy.
Romy
Integrante do The xx, grupo de indie eletrônico super elogiado, Romy se dedica a canções bem mais diretas em sua carreira solo, sem os mesmos versos e arranjos viajados da banda. Com ajuda dos produtores Fred Again e Stuart Price, a ideia do álbum de estreia (“Mid Air”, de 2023) é fazer um som dançante descompromissado que bebe de vertentes da música eletrônica como house, trance e eurodance. Deu certo, o som equilibrado e as letras confessionais (muitas sobre a relação com a esposa (a fotógrafa Vic Lentaine) fizeram o disco aparecer nas listas de melhores do ano de “Billboard”, “NME”, “The Guardian” e NPR.
Black Pumas
Em 2017, o cantor e guitarrista Eric Burton estava tocando na rua, para ganhar uns trocados, no pier de Santa Monica, na Califórnia. Em 2018, conheceu Adrian Quesada, guitarrista que fazia um som latino com a Banda Fantasma. Os dois se juntaram para fazer soul rock psicodélico no Black Pumas e, em 2020, foram indicados a artista revelação no Grammy. No ano seguinte, tocaram na posse do presidente americano Joe Biden. E, em 2022, foram atração do Lollapalooza. No festival, fizeram uma apresentação com raras interações com a plateia, mais baseada em música do que em falação. Um dos destaques foi a dupla de poderosas vocalistas de apoio a serviço de músicas como “Colors”, “Fire” e “Sugar Man”, cover do cantor americano Sixto Rodriguez. Ele teve história retratada em “Procurando Sugar Man”, ganhador do Oscar de Melhor Documentário em 2013.
Cat Power canta Dylan
Pavement
Entre idas e vindas, o Pavement faz barulho para indies “dançarem” de forma blasé, com cinco álbuns de estúdio lançados entre 1992 e 1999. Após longas pausas, o retorno atual da banda americana veio em 2022, ainda sem discos de inéditas, mas com um repertório matador de rock alternativo lo-fi e sarcástico.
Soft Cell
A dupla inglesa de pop com sintetizadores estreia no Brasil com o show no festival. O duo formado por Marc Almond e David Ball viveu seu auge entre 1978 e 1984, época em que lançou o hit “Tainted Love”, cover de uma música soul com versão original cantada pela americana Gloria Jones, em 1964. Além dos três álbuns nos anos 80, eles lançaram dois outros em 2002 (“Cruelty Without Beauty”) e 2022 (“Happiness Not Included”).
Programação completa e horários do C6 Fest
- Onde: Parque Ibirapuera – Avenida Pedro Álvares Cabral, Vila Mariana
- Quando: Sexta (17), sábado e domingo
- Ingressos: entre R$ 224 e R$ 1.320 pelo site oficial
Sexta-feira (17)
- 19h30: Daniel Santiago e Pedro Martins
- 20h30: Charles Lloyd Quartet
- 22h: Jihye Lee Orchestra
- 23h: Jakob Bro ‘Uma Elmo’
Sábado (18)
- 16h: CimaFunk
- 17h30: Ayra Starr
- 19h: Raye
- 20h30: Black Pumas
- 16h30: Jaloo e Gaby Amarantes
- 17h50: Romy
- 19h20: Soft Cell
- 20h50: 2MANYDJS
- 16h: DJ P8
- 19h: Pista Quente
- 23h: Fausto Fawcett
- 0h: Valentina Luz
Domingo (19)
- 16h: Paris Texas
- 17h30: Baile Cassiano
- 18h50: Young Fathers
- 20h20: Daniel Caesar
- 15h: Jair Naves
- 16h15: Squid
- 17h35: Noah Cyrus
- 19h05: Cat Power
- 20h35: Pavement
- 17h: DJ Meme
- 19h: David Morales
- 22h: Chief Adjuah
- 23h: Dinner Party