A operação Caminhos Seguros, que combate a exploração sexual de crianças e adolescentes, prendeu 314 suspeitos em todo o país até esta quinta-feira (16), considerado o “Dia D” da iniciativa.
A ação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e executada pelas polícias civis e militares estaduais, começou em 2 de maio e continua até a próxima terça-feira (21).
Dados da pasta apontam que:
- 141 suspeitos foram presos por força de mandado de prisão;
- 173 suspeitos foram presos em flagrante;
- 107 suspeitos foram conduzidos a delegacias.
Ainda de acordo com o levantamento, 53 crianças e adolescentes foram resgatados em contextos de exploração sexual, e 110 por outras situações.
Até esta quinta, a operação cumpriu 86.399 diligências, como resgate de crianças e adolescentes, fiscalização e abordagens a suspeitos, entre outras. Ao todo, foram realizados 1.068 boletins de ocorrência, e 291 exames de perícia de violência sexual.
Entre os presos, a maior parte foi encontrada no Ceará e no Mato Grosso do Sul. Veja os estados com mais registros abaixo:
- Ceará: 55
- Mato Grosso do Sul: 55
- Goiás: 42
- Santa Catarina: 37
- Pernambuco: 21
Os agentes encontraram 15.982 materiais pornográficos envolvendo menores de idade, e apreenderam 103 armas de fogo e 7,2 toneladas de drogas. Ao todo, 12,7 mil policiais participaram das ações nos últimos dias, em 453 municípios do país.
A operação Caminhos Seguros é realizada anualmente no mês de maio, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, neste sábado (18).
No ano passado, a ação prendeu 1.008 adultos, recolheu 6.185 materiais pornográficos digitais infanto-juvenis e apreendeu 8.689 kg de drogas e 84 armas de fogo.
Segundo o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da pasta, Rodney da Silva, a atuação também conta com palestras para divulgar o trabalho de combate à exploração sexual.
“A gente tem contado com a colaboração e apoio dessas forças de segurança, seja no aspecto preventivo, com palestras a vários grupos vulneráveis, a escolas, a comunidade como um todo. Visitas à comunidade em geral, em órgãos públicos e privados, pata que possa divulgar essa política de apoio e proteção a esse grupo vulnerável de crianças e adolescentes”, afirma.